A MÚSICA E O COMPORTAMENTO HUMANO
Há vários anos passados, baseado em artigos científicos, publiquei nesta coluna uma matéria que fazia uma relação entre a música e o comportamento humano que o som podia produzir. Quando da matéria primitiva, as pesquisas ainda não haviam atingido um nível conclusivo, embora já se estudasse se o comportamento de um jovem adolescente ao volante de um carro que toca, em volume exacerbado, aquele funk ou rap do momento, pode torna-lo mais ousado ou agressivo devido ao som que está ouvindo ou não.
Agora a situação restou confirmada em sua totalidade. Na década de 70 a comunidade médica, de forma comprovada e após muita pesquisa, apresentou ao mundo um monstro chamado “stress”, definindo-o não como uma doença, mas sim uma reação natural do nosso organismo contra agressões diversas que suportamos, tais como tensão física ou psicológica, divergências ambientais, atividade excessiva e outros fatores.
Logo depois chegaram a conclusão que o monstro do “stress” guarda uma relação direta com as principais doenças que assolam a era moderna, principalmente as cardíacas, hipertensão, passando pelas disfunções psicossomáticas da ansiedade, angústias, estados depressivos, insônias, bem como aparecimento de úlcera, gastrites, diabetes, relacionando o “stress” até mesmo a determinados tipos de câncer.
Após várias experiências, chegou-se a conclusão de que o ser humano tem um “stress”, mas não eliminava a causa, pelo que o “monstrinho” continuava a crescer, até superar o bloqueio dos remédios e produzir todo malefício possível ao corpo humano. cumulativo, que prejudica o fluxo natural da inteligência, com quebra de criatividade e de produtividade e, ainda pior, que o uso de tranqüilizantes combatiam os efeitos do
Definido o problema, médicos e pesquisadores de saúde arregaçaram as mangas e lutam para desenvolver e/ou descobrir uma prática terapêutica que complete o ser humano como um todo, integrando homem/espaço/ambiente. Dentre várias das opções utilizadas, desde a década de 70, um segmento médico tomou o caminho da música, entendendo que o som seria um agente curativo importante e um aliado da saúde contra o “stress”.
Reafirmo que não tenho formação médica e nem tenho conhecimentos técnicos suficientes para afirmar categoricamente se esta ou aquela corrente detém a razão. Porém, sendo acostumado a lidar, todos os dias com música, com sons, posso afirmar que a boa música parece harmonizar o interior da pessoa, relaxar e acalmar, provocando sensações mais alegres e, indiretamente, muito mais saudáveis.
E disse boa música porque o que antes era só uma observação, agora se tornou confirmação científica. Uma música, um som que não nos seja agradável ou até mesmo em volume excessivo, provoca uma reação de irritação, de repúdio e mal estar, liberando sensações agressivas. Daí que o padrão do som, da música, tem que ter compatibilidade com aquilo que queremos que seja provocado.
Então, em uma análise simples, agora podemos afirmar que o corpo humano reage desta ou daquela forma dependendo do som que está sendo captado pelo cérebro, aliado ao fator de ser tal som agradável ou não, restando comprovado que o som pode liberar adrenalina e provocar reações agressivas.
Edmundo Machado
Nenhum comentário:
Postar um comentário