sexta-feira, 26 de agosto de 2011

MESTRES DA PINTURA MINEIRA

Registrando em uma foto, hoje apenas importante e amanhã histórica, o encontro dos grandes mestres da pintura mineira contemporânea, acontecido recentemente.



da esquerda para a direita: Claudio Vinicius, José Ricardo, Túlio Dias e José Rosário


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AS CORES DO SUL


                             VILDETE PESSUTO


Vildete Pessuto é o nome artístico de Vildete Dall Bello Pessuto, esta linda senhora que se vê na foto ao lado, quarta filha de uma família vinda da região de Vêneto/Itália, nascida no sul do país na cidade de Veranópolis, no Rio Grande do Sul, terra de colonização italiana localizada nas serras gaúchas, de montanhas e de vinhos e que emprestaram suas cores para as telas da artista.

Vildete iniciou no desenho e na pintura ainda adolescente como autodidata até que, sempre buscando o mais, começou seu aperfeiçoamento através de pesquisas, estudos e cursos junto a artistas de renome, o que expandiu suas telas para óleo, aquarela e acrílico.

Seu trabalho retrata a paixão pelo Brasil, a diversidades de raças, músicas, artes e culturas, bem como paisagens. A cor é uma constante na obra da artista, com um toque de vivacidade que vem da alma, da alegria, do amor pela arte e que possa transmitir beleza ao observador, unindo a autora da obra com as sensações de quem admira a arte.

A própria Vildete define suas telas quando diz que “A  arte e pintura, expressa o encanto da poesia em movimento e, em cores... Cada traço, cada tinta, escreve  a beleza, nos olhos e na alma de quem a contempla...”

Na minha ótica pessoal a obra de Vildete tem um ponto que a difere de outros pintores da mesma escola, que são os olhos de suas figuras. Observem com atenção e vejam que os olhos das figuras pintadas por Vildete transmitem sentimentos, ora alegria, ora espanto, ora admiração e assim por diante, pelo que me atrevo a dizer que suas figuras são únicas, ímpares e exclusivas.



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Vildete Pessuto - coleção particular





Vildete Pessuto - coleção particular





Vildete Pessuto - coleção particular





Vildete Pessuto - coleção particular





Vildete Pessuto - coleção particular





Vildete Pessuto - coleção particular





Vildete Pessuto - releitura de obra de Locatelli- coleção particular







Vildete Pessuto - coleção particular

TELAS IN FLASH


(Nossos agradecimentos aos artistas plásticos Jeovah Santos, Robson Neves e Clanir Spinola pela gentileza de nos enviar fotos de telas e permitir a utilização no Blog)



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Jeovah Santos - coleção particular





Robson Neves - coleção particular





Clanir Spinola - coleção particular





Adriano Ferraiuoli - coleção particular





Claudio Vinicius - coleção particular





Walter Handro - coleção particular





Paulo de Carvalho - coleção particular

ESPAÇO ESTRANGEIRO



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Harry Wilson Wathous - 1857-1940 - USA




Dario Mecatti - 1909-1976 - Itália / Brasil




Thédore Chassériau - 1819-1856 - França




Jeremy Lipking - USA




Dean Mitchell - USA




Eugene Di Blaas - 1845-1931 - Italiano naturalizado Autríaco




Oscar Vilallon - Chile

CANTINHO DA MÚSICA





A ÉPOCA DE OURO DA MÚSICA ROMÂNTICA
PARTE 2


No Brasil, já nos anos 50, o rádio ganhava uma força sem igual, vez que aperfeiçoado tecnologicamente para uso militar e que em tempo de paz se multiplicava por todos os cantos como meio de comunicação, levando a todos os pontos do país a música, agora massificada, além de perpetuar composições e compositores populares e românticos, totalmente distanciados das composições sinfônicas que tinham melodia rebuscada, de difícil entendimento pela grande massa de ouvintes e que eram executadas por grandes orquestras, dispendiosas e de manutenção elevada.

Reparem que neste período os grandes programas de rádio em  um auditório eram o point do momento, tendo lançado e tornada conhecida muita gente importante da música popular brasileira. Estes programas, devido a total impossibilidade de colocar no palco, bem como de manter financeiramente uma grande orquestra, passaram a utilizar como alternativa um pequeno grupo de músicos, sendo pelo menos um pianista, um violonista, um acordeonista e um baterista, o que deu um tom intimista e de aproximação com a platéia.  

Esta alternativa, esta disposição de músicos, fez surgir os famosos “quartetos”, bem como o não menos famosos “regionais”, importantíssimos para a história da música brasileira, não só pela mobilidade do grupo que podia se apresentar à tarde em um local e à noite em outro (fato impossível para uma grande orquestra clássica), como também pelos grandes nomes, músicos e compositores que integraram estes grupos.

Assim estava criado o grande espaço para difusão da música romântica. A platéia dos programas de auditório queria amor, queria saudade, queria o ilusório do amor perfeito ou a paixão do amor desfeito e as rádios podiam expandir tais desejos não só em seus auditórios, como também diariamente em sua programação costumeira.

Os anos 50 e 60 foram os anos de ouro da música romântica brasileira. Em nenhum outro tempo se falou tanto em amor, saudade, paixão e dor como neste período. Como exemplo, são dos anos 50 e 60 as canções “Linda Flor” (Ai ioiô/eu nasci prá sofrer...), “A Volta do Boêmio” (boemia/aqui me tens de regresso...), “Saia do Caminho” (junte tudo que é seu/seu amor, seus trapinhos...), “Ouça” (ouça/vá viver/a sua vida/com outro bem...), “Por Causa de Você” (ai, você está vendo só/do jeito que eu fiquei/ e que tudo ficou...), “Carinhoso” (meu coração/não sei porque/bate feliz...), “Ela Disse-me Assim” (ela disse-me assim/tenha pena de mim/vai embora...), e mil outras canções consagradas e que hoje são pérolas da música popular brasileira.

Estas e outras músicas do mesmo período foram as que motivaram e embalaram muita gente, hoje de cabelos brancos, bem como grupos românticos, posteriormente denominados “seresteiros”, que saiam pelas ruas da cidade para cantar ao pé da janela daquela linda jovem.

Mas “seresteiros” é uma outra história que fica para uma outra oportunidade.

                                            Edmundo Machado

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

MOSTRA DE PINTORES BRASILEIROS NO TEATRO TRIANON






O teatro Trianon, que está localizado na cidade de Campos dos Goytacazes no Estado do Rio de Janeiro, sendo considerado o segundo maior teatro do estado e um dos mais bem estruturado da América Latina, completou 13 anos de existência no dia 31 de julho próximo passado.




 
Como parte das comemorações e devido a visão ampla e inovadora da presidente do teatro, Auxiliadora Freitas, e da responsável pelo setor de artes, Ademilde Pacheco, pessoa sensível e grande incentivadora da cultura, foi feita uma mostra de pintores brasileiros, aberta ao público na noite de 18 de julho com um coquetel e com 22 telas da coleção particular do colecionador Edmundo Machado.


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Auxiliadora Freitas - Edmundo Machado - Ademilde Pacheco, na noite de abertura da mostra, ao lado da tela "Veneza" do artista plástico José Rosário





Auxiliadora Freitas, o Prefeito em exercício da cidade, o médico Chicão Oliveira e Edmundo Machado na noite de abertura da mostra.




Ademilde Pacheco, Auxiliadora Freitas, o Prefeito Chicão Oliveira e Edmundo Machado na noite de abertura da mostra. Ao fundo tela "Colheita de Algodão" do artista plástico Nando Ribeiro.





Auxiliadora Freitas, o Prefeito Chicão e Edmundo Machado dando as boas vindas aos presente na noite de abertura da mostra

O evento, além de incentivar a cultura, foi pioneiro na cidade de Campos dos Goytacazes, vez que nunca antes um colecionador da cidade havia disponibilizado peças de sua coleção para exposição ao público em geral. Veja abaixo algumas das telas exibidas na mostra:


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Alex Luizi - coleção Edmundo Machado




Sandra Artioli - coleção Edmundo Machado




Jorge Maciel - coleção Edmundo Machado




José Rosário - coleção Edmundo Machado




José Lino Zechetto - coleção Edmundo Machado




O sucesso do evento foi acima do esperado, tanto que a mostra, inicialmente prevista para durar 15 dias, permaneceu além de um mês, tantas foram as visitas, posto que as obras foram vistas por mais de 3000 pessoas, inclusive estudantes universitários e alunos das escolas públicas.


Noite de abertura da mostra - Plano geral




Noite de abertura da mostra





Noite de abertura - visão geral




Noite de abertura da mostra - plano geral



Edmundo Machado e Adriano Ferraiouli, artista plástico. Ao fundo, a  tela maior denominada "Feira" do pintor Yuji Arimizu e duas menores do pintor Antonio Castro


Além de estudantes de diversas escolas públicas do município, alunos do curso de Direito da Faculdade de Direito de Campos também estiveram presentes na exposição, em grande número e por mais de uma vez, para apreciar as obras e ouvir algumas explicações sobre os artistas expostos.




Ademilde Pacheco, responsável pelo setor de artes do Triano, ladeada por professores do curso de direito em uma das visitas dos universitários a exposição.  





Universitários do curso de direito da Faculdade de Direito de Campos






Universitários ouvindo explicações técnicas sobre as telas exibidas





Visão geral de uma das visitas dos universitários, quando ouviam uma explanação sobre a escola impressionista.
 


Parabéns a Auxiliadora Freitas e a Ademilde Pacheco que inauguraram uma nova época para as artes plásticas na cidade, integrando cultura, arte e educação aos jovens.

                                                            Edmundo Machado


quinta-feira, 11 de agosto de 2011


 HOMENAGEM PÓSTUMA


ROMANO DI MARTINO

Em agosto do ano passado o mundo perdeu, inesperadamente, um dos mais respeitado pintor da atualidade, conhecido no mundo todo e que se chamava Romano Di Martino.

Nascido em Alexandria/Egito no ano de 1940, Di Martino passou sua infância na Itália, demonstrando desde muito cedo seu dom para as artes plásticas. Ainda jovem passou a ser “cidadão do mundo”, tendo percorrido tanto a Europa como a Ásia com suas exposições, sempre com sucesso absoluto.

Muito depois fixou residência no Brasil e dizia que o país tinha tons maravilhosos e que sua obra ganhou cor no solo brasileiro.

Di Martino tem suas obras não só em galerias e coleções importantes como também em vários museus, dentre eles o MASP e o Museu do Vaticano.

Romano foi pintar o céu, mas nos deixou uma obra extensa e que é um marco na pintura contemporânea.
































Este quadro foi pintado ao vivo por Di Martino em um evento que aconteceu em Campo Grande/MS uma semana antes de seu falecimento. Provavelmente foi a última obra pintada pelo mestre.