sexta-feira, 29 de abril de 2011


UM NOBRE NOS PINCÉIS




Paulo Fernando Campinho de Carvalho, emérito artista plástico, restaurador de fama, que assina Paulo de Carvalho em suas obras, tem nome de nobre e nasceu em Petrópolis, uma cidade intimamente ligada ao Império e a nobreza, sendo sua trajetória artística marcada pelo sucesso e por uma humildade e timidez suprema.

Paulo sempre foi muito humilde quanto a perfeição e magnitude de suas telas. Até hoje, já famoso e internacionalmente reconhecido, diz que seus admiradores não passam de “alguns gatos pingados”, quando na verdade desde os Prêmios Fivars em Alicante/Espanha até ao Salão Internacional de Artes Plásticas de São João da Madeira em Portugal suas telas estiveram presentes e o Brasil, Portugal e Espanha não se cansam de aplaudir e elogiar seus trabalhos.

A timidez é outra marca registrada deste meu amigo pintor. Quando criança corria para baixo da mesa assim que uma visita aparecia na casa da família e só conseguia se soltar um pouco mais quando tinha que apresentar-se com um coral de Petrópolis do qual fazia parte como menino cantor, pelo que podemos ver que desde criança sua vida esteve ligada a arte.

Por volta dos doze anos iniciou seus estudos de pintura, recebendo aulas com Mário Couceiro e outros até que, mais tarde e visando expandir seus conhecimentos, ingressa na Escola de Belas Artes da UFRJ, onde se torna bacharel em pintura. Desde então divide seu tempo entre a pintura, o trabalho como restaurador de obras de arte e ao ensino da mesma em seu atelier. 

Sou suspeito para falar da obra de Paulo de Carvalho não só pelo tanto que gosto do estilo, como também pelo carinho e atenção com a qual ele me trata, pelo que nenhuma análise crítica farei, deixando que as telas falem por si mesmas.




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Paulo de Carvalho - coleção particular






Paulo de Carvalho - coleção particular





Paulo de Carvalho - coleção particular





Paulo de Carvalho - coleção particular





Paulo de Carvalho - coleção particular





Paulo de Cravalho - coleção particular

TELAS IN FLASH



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José Ricardo - coleção particular






Flávio Ribeiro - coleção particular







João Barcelos - coleção particular






Regina Schwingel - coleção Edmundo Machado






Érico Santos - coleção particular





Rita Cavallari - coleção Edmundo Machado





Nide Bacellar - coleção particular
ESPAÇO ESTRANGEIRO



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Iman Maleki - Iran





Vassili Perov - 1871 - Rússia





Norberto Martini - Itália










Tom Hill





Willian R. Davis  - Irlanda





Alfredo Rodriguez - México

(nota: esta tela é algo excepcional em matéria de realismo e técnica. Parece uma foto mas é óleo sobre tela)
CANTINHO DA MÚSICA
 
INSTRUMENTOS MUSICAIS 



A produção de sons e a busca de coisas ou objetos que produzam sons parece ter nascido com o ser humano e desde o tempo das cavernas o homem busca aprimorar tal desejo. Os arqueólogos já encontraram, por mais de uma vez, desenhos rústicos, figuras ou objetos que nos dão conta que a produção de sons faz parte da índole humana. É evidente que o homem pré-histórico não possuía as noções musicais que temos hoje, não tinha idéia de escala tonal e muito menos instrumentos musicais fabricados, mas que produziam sons, isto é incontestável.
Alguns estudiosos afirmam que o primeiro “instrumento” humano foi de cordas, nascido no momento que o homem pré-histórico vibrou uma corda estendida, talvez a corda do seu próprio arco, enquanto outros pendem para a posição de ter sido um “instrumento” de percussão, quando o homem bateu em uma pedra ou mesmo em um tronco de árvore.
Seja qual for a verdadeira tese, certo é que em 4.000 a.C., na antiga China, no reinado do imperador Fou-hi tanto o instrumento de percussão como o de cordas já existiam, pois lá já encontramos um instrumento de percussão denominado “king”, formado por pedaços de pedras afiadas e tocado por um martelo, um instrumento de cordas de seda retorcidas chamado de “kin”, e ainda o “tscheng”, de criação chinesa, usado exclusivamente em cerimônias religiosas.
Na antiguidade clássica os gregos são, inegavelmente, os que mais elevaram a música a grau de arte, pois a música fazia parte da cultura grega e era fator de destaque na educação. Basta observar que todos os filósofos e matemáticos gregos escreveram sobre música. Ao que tudo demonstra, a “lira” é o mais antigo instrumento grego, contando a lenda que o deus Apolo foi quem encontrou um casco de tartaruga com as tripas ressecadas e esticadas e, ficou encantado com os sons melódicos que ouviu quando passou os dedos nas tripas secas. Daí porque a “lira” tinha, primitivamente, a forma de um casco de tartaruga.
É também de origem grega a “cítara”, instrumento de som suave, a “flauta de Pan”, composta de vários tubos anexados que emitiam cada um sons diferentes e ainda o “aulo”, uma flauta grega de palheta dupla.
Os romanos, embora tenham conquistado a Grécia, mesmo tendo sido influenciados pela cultura grega, não foram bom exemplo de gosto pelas artes musicais, talvez pelo seu caráter bélico e só nos deixaram “canções” inexpressivas. Na esfera de instrumentos os romanos não nos legaram absolutamente nada. Usavam muito e em qualquer tipo de ocasião, seja casamento ou enterro, a “tíbia”, que era igual ao “aulo” dos gregos e as “trombetas”, que eram cornetas metálicas de som estridente, que mais serviram nos campos de batalha para incentivar os exércitos ou anunciar a chegada das tropas.
Durante o cristianismo predominou a canção religiosa e aí então vamos encontrar as grandes realizações da arte musical, respeitada a limitação instrumental existente á época se comparada ao que temos nos dias de hoje. O curioso é que na Itália, terra dos antigos romanos, passados mil anos do tempo de César, os italianos criaram sua música própria, típica e que alcançou o mundo todo por sua beleza e criatividade.
                                      Edmundo Machado

domingo, 10 de abril de 2011

O CAMPESTRE DE ARTIOLI




Em rápidas linhas, o que posso falar desta minha jovem amiga, de olhar cativante e de fala mansa, que retrata paisagens campestres com tanta sensibilidade?

Posso dizer que Sandra Maria Artioli, que assina S M Artioli em suas obras, é descendente de italianos, nascida no interior de São Paulo, na cidade de Itapuí, em uma família comum como tantas outras da zona rural paulista. Seu pai era um dedicado agricultor e a mãe uma costureira, que tinha o dom de desenhar, e que lhe ensinou os primeiros traços e rabiscos assim que percebeu o anseio e a facilidade da filha em dedicar-se a lápis de cor, giz de cera e tintas.

Convivendo desde pequena com a natureza e tendo herdado o gosto pela arte de seus avós, principalmente de seu bisavô materno, homem simples, mas culto, que chegou a cursar a escola de Artes e Ofício de São Paulo, aprendeu a apreciar e perceber a cor de cada estação do ano, o que hoje se reflete na palheta de cores que imprime na vegetação quando outono e a na luz do crepúsculo quando em dias frios.

Artioli tem como referencia de seus trabalhos a natureza, as paisagens de serras e as estradinhas de terra, típicas dos muitos cantos rurais de nosso enorme país, pelo que nos mostra a natureza viva sob o ponto de vista peculiar da artista, com seu estilo de fortes características impressionista, em pinceladas rápidas, porém vigorosas e com cores vibrantes e de muita luminosidade.

Formada pela UNESP em comunicação visual, hoje Sandra já é uma artista consagrada, tendo trabalhos em várias partes do mundo e em coleções importantes, com inúmeras medalhas em salões de arte, medalha de ouro na exposição do Lauderdale House Arts Centre/Inglaterra e, em fins de 2010, foi medalha de prata na exposição realizada no Caroussel du Louvre/Museé du Louvre/França.

Cada tela de Sandra merece uma observação especial e o conjunto de sua obra já é uma pequena visão histórica da natureza do interior.



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Artioli - coleção particular



Artioli - coleção particular



Artioli - coleção particular



Artioli - tela Medalha de Prata - Museu do Louvre/França



Artioli - coleção particular



Artioli - coleção particular



Artioli - coleção particular



Artioli - coleção Edmundo Machado

TELAS IN FLASH


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Monteiro Prestes - coleção particular






Francelino Rodrigues - coleção particular




Moro - coleção Edmundo Machado




Vinicius Silva - coleção particular




Joubert Pantaneiro - coleção Edmundo Machado




Renato Pessanha - coleção particular




Erick Paes Machado - coleção Edmundo Machado
(nota: Erick é meu filho, uma criança, tem apenas 10 anos de idade e não é pintor de renome. Pinta por hobby e está fazendo parte desta galeria tão só como incentivo e pelo orgulho do pai)
ESPAÇO ESTRANGEIRO


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Pierre Lacur - 1804 - Museu Belas Artes Bordeaux - França




Paul Strisik - USA - coleção particular




Antoine Bouvard - 1870-1955 - França




Gustaf Cederstrom - 1884 - Suécia




Armando Romano - Itália - coleção particular




Allan R. Banks - USA - coleção particular




Edward William Cooke - 1853 - Inglaterra




CANTINHO DA MÚSICA



O ESPECIAL CARTOLA

Não sou de parar para ver os programas corriqueiros da TV vez que a grande maioria é de péssima qualidade e não produz nada de elogiável. Porém vi e gostei do documentário sobre Cartola exibido recentemente em horário nobre na telinha. O relato foi correto, com bom andamento e com depoimentos de pessoas ligadas à música e ao compositor, o que deu vida ao programa. Merecida homenagem a quem deu rumo ao samba na música popular brasileira.
Cartola nasceu no Rio de Janeiro, no bairro do Catete, no ano de 1908 em uma família humilde. Logo a família mudou-se para o bairro de Laranjeiras, onde passou a infância e onde entrou em contato com o mundo do samba, aprendendo com o pai a tocar cavaquinho e violão. Considerado por muitos como o maior sambista da história da música popular, Cartola chegou ao morro da Mangueira quando dificuldades financeiras obrigaram a família a mudar-se mais uma vez.
Morando no morro fez amizade com o sambista Carlos Cachaça e outros do mesmo naipe e adentrou no mundo da boemia, malandragem e da musica. Com pouco estudo arranjou emprego de servente de obra e passou a usar chapéu coco para proteger do cimento que caia na cabeça, pelo que ganhou dos colegas o apelido de Cartola. Junto com outros amigos sambistas criou o “Bloco dos Arengueiros” de onde surgiu a Escola de Samba Estação Primeira da Mangueira. Nesta época, já compondo samba, viu suas musicas serem popularizadas na voz de Araci de Almeida, Carmem Miranda, Mario Reis e outros.
Depois Cartola desaparece do cenário musical e, para muitos, era dado como morto e pouco se sabe deste período que o sambista levou desaparecido. Em 1956 Cartola foi reencontrado por Sérgio Porto, lavando carros em Ipanema e, a partir deste encontro, ressurgiu no mundo da música, voltando a compor e tendo seus sambas novamente gravados por cantores de fama.
Só em 1974, já com 66 anos de idade, Cartola gravou o seu primeiro disco solo, onde sua carreira foi novamente impulsionada devido as pérolas musicais de “As Rosas Não Falam”, “O Mundo É Um Moinho”, “Cordas de Aço” e outras. Com o sucesso e com a melhora financeira Cartola mudou-se para uma casa em Jacarepaguá, onde morou até seu falecimento em 1980.
Se o programa for reprisado vale a pena assistir e vamos torcer que outros nomes da música também sejam lembrados.
                                                         Edmundo Machado