quarta-feira, 28 de setembro de 2011

UM PINTOR PARAENSE



Manoel Costa nasceu como pintor no batismo dos igarapés do Pará, filho de pai canoeiro, criança de olho nas paisagens e nos perigos da selva, precocemente lançado na luta pela sobrevivência. 

Como se ouvisse um canto de Mãe-D'água, o menino Manoel sentiu acender-se no peito a paixão de registrar em formas e cores os momentos mágicos da natureza. Assim, a pintura entrou em sua vida: como ritual de captura da beleza indizível, no magnetismo da paisagem.
Seu talento apurou-se no seu autodidatismo, superando as limitações do seu ambiente cultural. Premiado pelo governo do Amapá com uma bolsa de estudos na Escola de Belas Artes do Rio de Janeiro, Manoel Costa pôde finalmente realizar sua vocação. Nem mesmo uma vitoriosa passagem pelo mundo da publicidade o afastou da arte. 

Ao longo do tempo, ele tem vivido a pintura como incessante busca de sua própria verdade, explorando linguagens diversas como abstracionismo, um expressionismo que liberta a figura das referências objetivas ou construção de uma estética domesticada no desenho, mas livre no jogo emotivo das cores. 

Em plena maturidade, a arte de Manoel Costa é documentada nesta página como acervo de prestígio na memória nacional, prometendo valiosas surpresas no futuro, em vista da firme determinação do artista de ir ao encontro da sua própria liberdade de expressão. É assim a obra deste caboclo.
               (baseado em texto de Walmyr Ayala, escritor e crítico de arte)



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Manoel Costa - coleção particular










Manoel Costa -coleção particular










Manoel Costa - coleção particular










Manoel Costa - coleção particular










Manoel Costa - coleção particular










Manoel Costa - coleção particular










Manoel Costa - coleção particular

TELAS IN FLASH


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José Rosário - tela à venda com o artista





Tania Corsini - coleção particular





Alexandre Reider - coleção particular





Belmiro de Almeida - 1858-1935 - coleção particular





Carlos Faria - coleção particular





Paulo de Carvalho - coleção particular







George Pergentino - coleção particular
ESPAÇO ESTRANGEIRO


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Louis Marie Lemaire - 1824-1910 - França





Arsen Kurbano - Rússia




Darren Blake - Inglaterra




Gerard Brommer - USA




Georg Grimm - 1846-1887 - Alemanha




Maria José Viña - Espanha




Tina Spratt - Irlanda
CANTINHO DA MÚSICA



RELEMBRANDO NELSON  GONÇALVES


 

Como as novas gerações pouco ou nada conhecem dos grandes nomes da musica brasileira, é hora de relembrar Nelson Gonçalves que, se não tivesse partido para outra esfera, estaria completando 92 anos e que ainda tem um enorme número de fãs dentre os mais velhos, público que o cantor colecionou em três gerações.
Nelson Gonçalves era gaúcho, nascido em Santana do Livramento em 1919, de onde seguiu para São Paulo ainda criança, indo morar no bairro do Brás. Sua vida como cantor não foi imediata, pelo que trabalhou como jornaleiro, mecânico, engraxate, garçom e lutador de boxe. Nelson era gago, o que lhe valeu o apelido de “Metralha” e o que aumentava sua dificuldade em entrar no mundo do canto. Por vários anos tentou um espaço no mundo da música, sempre utilizando os programas de calouros, de onde saía sempre reprovado, tendo recebido do próprio Ary Barroso um sincero conselho para que desistisse.
Só em 1941 conseguiu gravar um disco, ainda em 78 rotações, muito bem recebido pelo público, o que lhe abriu as portas das gravadoras para novos lançamentos e, então, estava definitivamente colocado na carreira de cantor, tornando-se um ídolo durante a época de ouro da Rádio Mayrink Veiga, situação mantida até a década de 60, quando sérios problemas com tóxicos  criaram dificuldades pessoais e profissionais.
Superada a crise, Nelson Gonçalves lança o disco “A Volta do Boêmio n° 1”, que foi sucesso imediato e que lhe permitiu continuar gravando até os anos 90, sempre obtendo colocação entre os recordistas nacionais de vendas de disco, o que lhe confere uma discografia enorme, reunindo dezenas de discos ainda da era do vinil, bem como uma outra quantidade enorme lançada na era do CD. 
Nelson Gonçalves foi nome importante na música brasileira, não só por suas interpretações como também por não ter ficado estagnado no tempo, pois sempre buscou novos compositores, redimensionando sua carreira, gravando antigos sucessos mesclados com obras atuais como “Simples Carinho” de Ângela Rô Rô ou mesmo “Como uma Onda” do Lulu Santos.
Na linha musical que se propunha apresentar, Nelson fez de tudo. Gravou um disco de tango, gravou sambas, gravou serestas, gravou um disco só com obras de Noel Rosa, gravou o CD “O Boêmio e o Pianista” com Arthur Moreira Lima, enfim, passeou livremente pela música brasileira, sem falar das vezes que participou de discos de outros nomes da MPB e das vezes que trouxe estes nomes para participar de discos seus, como fez no CD “Nelson & Convidados”, “Ele & Elas” onde se apresenta com Gal, Elizeth Cardoso, Fafá de Belém e outras, ainda o CD “Eu & Eles” onde canta com Fagner, Tim Maia, Martinho da Vila, Caetano e outros.
Nelson Gonçalves tem um público fiel, francos admiradores de sua bela voz e de suas interpretações marcantes e o seu falecimento, ocorrido em 1998, abriu uma lacuna no espaço musical brasileiro, que perdeu mais uma das suas grandes vozes, qualidade e dom cada vez mais raro nos dias de hoje, pois se você observar, a absoluta maioria dos cantores atuais, embora “afinadinhos” não têm qualquer extensão vocal, e uma voz como a do “Metralha” tem que ser respeitada.
                                             Edmundo Machado

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

UMA NOITE AGRADAVEL



Na noite de 16 de setembro próxima passada, atendendo a um convite do amigo Paulo de Carvalho, compareci a vernissagem acontecida no Museu e Casa de Cultura José Dome, na cidade de Cabo Frio/RJ, onde diversos artistas do Estado do Rio de Janeiro se fizeram presentes e onde também ocorreu o lançamento do catálogo "Art Gallery In Brazil", da editora Art Club, idealizado por José Carlos Gomes, publicação esta que se tornou a mais importante publicação sobre artes plásticas da América Latina.

Foi um evento por demais agradável, merecendo aplausos  a recepção e cordenação da vernissagem feita pela artista plástica Dyandreia Portugal, que com seu sorriso magnetizante estabeleceu um clima de entrosamento e amizade entre todos os presentes.

Não tenho como deixar passar em branco o fato de ter estado com Diana Louro e Vera Matos, duas pessoas maravilhosas, por quem você se apaixona logo nas primeiras palavras. Diana é um doce de pessoa e Vera simplesmente um amor.

Daí porque faço um breve registro do evento, não só devido a importância para o mundo das artes, como também pela beleza das obras que lá estavam.


SOBRE O MUSEU :

 

Charitas - Museu e Casa de Cultura José de Dome

 

Mais importante centro cultural da cidade de Cabo Frio, batizado de “coração da Cultura”. No prédio hoje encontra-se o Museu e Casa de Cultura José de Dome. Já foi orfanato, numa época em que crianças eram abandonadas com certa freqüência, havia ai uma roda onde eram colocados esses bebês, e retirados do outro lado, onde recebiam abrigo, alimentação e educação. Serviu também de abrigo durante a Segunda Guerra Mundial. 








Construído em 1837, recebeu este nome Charitas (pronuncia-se Cáritas) ou Casa de Caridade e é hoje, um espaço com atividades culturais permanentes.

Em 2009, a casa secular foi reformada e expõe obras de quatro grandes expoentes da arte cabofriense: o poeta e escritor Victorino Carriço, o fotógrafo e arquivista Wolney Teixeira, o pintor francês que escolheu Cabo Frio para viver, Jean Guilhaume e o pintor José de Dome, que dá nome à casa de cultura. 


SOBRE O ART GALLERY IN BRAZIL
Publicação da Editora Art Club, idealizada por José Carlos Gomes, e que se tornou a maior e mais importante publicação/catálogo sobre artistas brasileiros editada no país. 

É obra bi-lingue, luxuosa e elegante, impressa em papel de primeira qualidade, destinada as galerias, colecionadores e críticos de arte, sendo referência para o mundo das artes plásticas.


ART GALLERY IN BRAZIL - edição 2011


 ALGUMAS OBRAS EXIBIDAS 




tela do artista Oliveira Celso








O pintor Reinaldo Caó e sua obra






A artista Silvana Borges e suas telas






Telas da pintora Vera Matos






Outra obra do pintor Oliveira Celso



ALGUNS PINTORES E AMIGOS PRESENTES AO EVENTO 



A artista Dyandreia Portugal, de simpatia inigualável, Reinaldo Caó e Edmundo Machado

A artista Vera Matos, José Carlos Gomes idealizador do Art Gallery In Brazil e a artista Diana Louro
O grande artista Paulo de Carvalho, José Carlos Gomes e Edmundo  Machado
Cristina (musa encantada do artista Paulo de Carvalho), Paulo de Carvalho, Edmundo Machado
VISÃO GERAL DA VERNISSAGEM


































Mandando um beijão para Dyandréia e torcendo para que logo e logo um outro evento aconteça.
                                                        Edmundo Machado

terça-feira, 13 de setembro de 2011


UM PEDIDO ESPECIAL AOS ARTISTAS PLÁSTICOS
Diversos artistas plásticos ainda não me deram o prazer de receber fotos de suas telas para divulgação no Blog.
Até mesmo vários seguidores deste Blog, que são pintores, ainda não entraram em contato e nem mandaram fotos de suas telas para que sejam exibidas.
Vamos lá, pessoal ! Deixe a timidez de lado.
Meu e-mail está logo acima e é livre para qualquer contato. Este Blog é de vocês e só existe para divulgar o artista brasileiro.
Mandem fotos de seus trabalhos pois terei muito prazer em divulgá-los.

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UM ENCANTADOR FIGURATIVO SURREAL




MG Costa é o nome artístico de Martha Valéria Lima Guimarães Costa, mineira de nascimento, atualmente radicada na cidade de Barra do Piraí/RJ, onde iniciou seus estudos de pintura com a artista plástica Cida Cabral e, posteriormente, com a renomada pintora Tânia Corsini. Formada em engenharia civil e autora de trabalhos com predominância do surrealismo que encantam não só pela criatividade como também pela palheta e traços de suas telas, vem ganhado uma maturidade de expressão técnica muito forte.

Seja por timidez ou por humildade, Martha foi muito restrita a falar de sua própria vida e de sua obra, não se elogiando em nada, demonstrando uma ausência de vaidade total. De suas telas podemos perceber a iniciativa de fugir do comum e a inovação, representada pelo simbolismo nostálgico existente em sua pintura bem como o rompimento com preconceitos estáticos típicos das temáticas surrealistas.

Vejo a obra de MG Costa como uma engenharia romântica, que apelidei de figurativo-surreal, e onde podemos encontrar sentimentos, por vezes até dramáticos, de seres anônimos com corpos modelados, com volumes e sombras perfeitamente delineados e em completa harmonia com a idéia que a artista pretende transmitir, aliados a transparência de máscaras e véus, como se desnudasse o íntimo da imagem principal da tela.

As telas de MG Costa merecem apreciação calma, detalhada, com a observação de cada ponto, para que seja possível ao observador absolver todo o conteúdo da obra.


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MG Costa - coleção particular




MG Costa - coleção particular

 



MG Costa - coleção particular


MG Costa - coleção particular






MG Costa - coleção particular





MG Costa - coleção particular





MG Costa - coleção particular





MG Costa - coleção particular